Veja como está a participação feminina no segmento de engenharia

Segundo o Censo da Educação Superior 2016, há 291.463 mulheres fazendo graduação em engenharia no Brasil. Esse número corresponde a 28,3% dos estudantes que optam por esse curso superior no país.

Embora haja uma presença bem maior de homens nas faculdades de engenharia, a participação do sexo feminino está aumentando aos poucos. Se compararmos em relação a 2014, houve um aumento de 8,4% de alunas nas graduações da área.

A presença de mulheres na engenharia também está crescendo no mercado de trabalho. De acordo com o estudo do Dieese “Perfil Ocupacional das Profissionais de Engenharia no Brasil”, a participação feminina no setor aumentou 4% de 2003 a 2013.

Nesse mesmo período, o salário médio das engenheiras passou de 70,3% para 79% em relação à remuneração dos homens. Esse indicador mostra que ainda existe uma grande desigualdade de vencimentos entre os profissionais na área. O fator positivo é que essa diferença está diminuindo e deve ser cada vez menor, nos próximos anos.

No Brasil, as mulheres há muito tempo mostram que podem seguir a carreira. Um bom exemplo é Iracema Brasiliense, a primeira engenheira formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1922. Ela teve um papel de destaque na cartografia mineira, provando que as profissionais do sexo feminino são capazes de apresentar um desempenho notável.   

Conheça 5 mulheres na engenharia que entraram para a história

Você sabia que muitas engenheiras já contribuíram com brilhantes trabalhos para tornar essa profissão uma das mais respeitadas no mundo corporativo? Para eliminar qualquer dúvida a respeito disso, vamos mostrar 5 exemplos que provam como profissionais do sexo feminino podem apresentar uma performance acima da média. Acompanhe:

1. Emily Warren Roebling

A ponte do Brooklyn, um dos símbolos de Nova York, foi construída graças a um trabalho de uma mulher muito determinada e inteligente. Com a morte do marido Washington Roebling em 1872, Emily Warren Roebling assumiu a responsabilidade de concluir a obra ao ocupar a função de engenheira-chefe do empreendimento.

O mais notável dessa postura é que Emily não tinha curso superior na área e aprendeu os ofícios da profissão acompanhando o trabalho do marido. Com um grande espírito de liderança, ela foi responsável pelo término da construção da ponte, em 1883.

Esse feito histórico tornou Emily uma das referências na luta pelo direito das mulheres de ter acesso à graduação nos Estados Unidos. Ela morreu aos 59 anos, em 1903, deixando um grande legado e se destacando como um exemplo de superação.

2. Alba Colon

A participação feminina no setor automobilístico ainda gera certa desconfiança, fruto de um preconceito sem sentido. Para superar esse tabu, Alba Colon mostrou, com muito trabalho e foco, que existe espaço para a mulher projetar carros de corrida e obter excelentes resultados.

Porto-riquenha, Alba chegou ao posto de engenheira-chefe da Chevy Racing, equipe da General Motors na Nascar, categoria que corresponde à Stock Car no Brasil. Desde pequena, ela sonhava em ser astronauta. Porém, percebeu, durante a faculdade de engenharia mecânica, que possuía um grande potencial para o segmento automobilístico.

Ao concluir o curso superior, ela foi contratada pela GM, em 1994. O bom desempenho a credenciou para liderar a equipe Chevy, em 2001. Com muito planejamento e sensibilidade, Alba era responsável pelo design das peças e por outras mudanças para tornar os carros mais rápidos.

A engenheira foi responsável por projetar carros para pilotos renomados, como Danica Patrick, Jeff Gordon e Jimmie Johnson.

3. Aprille Ericsson

Hoje, as mulheres na engenharia podem se destacar na área acadêmica e no mercado de trabalho. Um bom exemplo é a Aprille Ericson, a primeira mulher negra a receber o título de Ph.D. em Engenharia Mecânica e Aeroespacial pela Nasa Goodard Space Flight Center.

Na função de engenheira aeroespacial da Nasa, Aprille já assumiu diversas atividades. Uma delas foi a cargo de gerente do projeto Atlas Instrument. Essa iniciativa consiste na construção de um satélite com instrumento a laser para monitorar as calotas de gelo polar no planeta Terra e as mudanças provocadas nelas por causa do aquecimento global.  

Em um país marcado pelo preconceito contra os negros, Aprille Ericson é um grande exemplo de que a participação feminina na engenharia é muito importante para a melhoria dos serviços prestados à sociedade.

4. Ginni Rometty

O setor de tecnologia da informação também é uma área bastante dominada pelos homens. Contudo, isso não impediu que Ginni Rometty chegasse, em 2012, à função de CEO, principal cargo da IBM, uma das maiores empresas de TI do mundo.

Para chegar a esse posto, Ginni trilhou um longo caminho. Ela entrou na empresa como engenheira de sistemas em 1981, após ter trabalhado para a GM. Além da dedicação e da competência, ela conseguiu o sucesso profissional porque se qualificou bastante, tendo concluído as faculdades de Ciências da Computação e de Engenharia Elétrica.

5. Gwynne Shotwell

Ela é mais um excelente exemplo de como as mulheres na engenharia podem ocupar cargos relevantes. A norte-americana alcançou a presidência da SpaceX, empresa americana que fabrica foguetes.

Uma prova do bom trabalho realizado é que a companhia comandada por ela já chegou a assinar um contrato de US$ 2,6 bilhões com a Nasa. Formada em Engenharia Mecânica, Gwynne Shotwell começou a carreira na indústria automobilística e participou da fundação da SpaceX em 2002, assumindo o cargo de vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios.  

É inegável que a participação feminina no setor de engenharia agrega bastante na qualidade dos serviços prestados. Aos poucos, o mercado de trabalho tem reconhecido o potencial das mulheres, o que é ótimo para quem deseja exercer a profissão.

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Fonte: FARO